11 de setembro de 2022

‘Temos um débito enorme com as pessoas que tiveram poliomielite no passado’, diz neurologista Dr. Acary Souza Bulle Oliveira da Unifesp


Recentemente, os sobreviventes da pólio se viram obrigados a assumir o papel de ativistas pela vacinação. Eles são unânimes em dizer que a queda recente na cobertura vacinal coloca em risco toda uma geração de bebês que, caso o vírus retorne ao Brasil, podem sofrer com os mesmos problemas para o resto de suas vidas.

Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou a prorrogação da campanha de multivacinação, destinada a garantir doses atrasadas de dez imunizantes diferentes para crianças de cinco a 14 anos, e da vacina em gotinhas contra a pólio para as crianças de um a quatro anos.

Entre 8 de agosto e 9 de setembro, a campanha multivacinação já aplicou 908 mil doses contra a pólio no Estado de São Paulo, o que representa apenas 38,3% do público-alvo, segundo um balanço divulgado na noite desta sexta-feira (9) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-SP).

A pasta afirmou ainda que outras 503 mil crianças e adolescentes de cinco a 14 anos (8% dos mais de 9 milhões de paulistas nessa faixa etária) compareceram aos postos de vacinação, e cerca de 290 mil tomaram alguma das outras dez vacinas disponíveis.

Segundo o neurologista, além da medicina, foi para atender as crianças que acabaram permanentemente acamadas que foi inventada a primeira documentação de slide no teto, o primeiro carro adaptado, as leis de acessibilidade e o esporte adaptado.

"Tudo que estamos vendo aqui hoje, do ponto de vista de acessibilidade e de leis e de facilidade para ao dia a dia, tem a ligação com a poliomielite", diz Oliveira. 
"Não podemos, de jeito nenhum, em homenagem a essas pessoas, deixar que a poliomielite retorne. 
Portanto, vocês pais, mães, avós, não deixem a pólio voltar. Vacinem, vacinem, vacinem."

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