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20 de junho de 2012

DESABAFO EM INSTANTE JUSTO

Bom dia meu amigo:


Li todo o seu site recebido nesta data com muitos assuntos para lá de interessantes e oportunos. As notícias sobre corrupções no país já são tantas que não nos fazem tremer mais do que já se treme de susto e de vergonha. Ou se tem esse câncer político ou o Brasil mergulha num oceano de carências desmoralizantes. Essa situação parece-me ser imprescindível ao "status" a uma Nação de primeiro mundo. Lá fora existe esse cancro, mas como no Brasil... Ainda não vi tão exacerbado e tão descarado. Quanto maior e mais podre mais valor terá o escândalo como se isso fosse marca registrada de logotipo "NO BRASIL SE ROUBA"; subtítulo: "Yes, venham para cá e retornem aos seus países com muitos dólares". Para isso, o dinheiro existe e se não existe, roda-se a máquina e se fazem reais à vontade. O negócio é encher as Panças de quem muito já tem.


O caso dos aposentados (falo por mim e por outros tantos infelizes nascidos cidadãos sérios neste país de esculacho!) que não terão os mesmos índices de reajuste, nos próximos eventos de correções, é tão sério como a fome que grassa na África - outro continente com a mesma cara deste país chamado Brasil. E tudo por quê? Porque há que sobrar para os desvios de verbas para os super faturamentos, para os "rombos" (ou roubos) aos cofres previdenciários e à insensibilidade de uma candidata que prometia mundos e fundos e que, uma vez empossada ao trono de comando maior da Nação, falha no instante mais crucial vetando o reajuste tão necessário quanto humanamente justo. A inflação campeia; abre sua cloaca faminta devorando as economias míseras de pessoas idosas que já não têm mais condições para exercer uma função digna. Mas, para ter uma velhice em condições de suportar os constantes aumentos de alimentos e de medicamentos, vê negadas as oportunidades pela ocasião dos estudos orçamentários ao ano subseqüente. Desculpas mal explicadas, farsantes, deletérias e insensíveis. Verbas sobram para levar adiante os famigerados estádios e outras obras para o próximo evento de Copas do Mundo e de outras competições que não caberiam ser feitas em nosso território. O que vale a vida do ser humano idoso neste país de brincadeiras e de molecagens? Pelo visto, nada! E olhe-se que contribuímos para ter uma velhice sem sofrimentos que os desajustes financeiros nos acarretam. Que país é esse que trata seus velhos trabalhadores (esses sim impulsionaram o Brasil, não essa malta chamada PARLAMENTARES e outros desalmados/as) como se lixos fossem? Cretinos!


Bem, seu site não nos traz só elementos à revolta; traz piadas excelentes e outras notícias interessantíssimas porque o seu titular tem um leque de chances para desanuviar o cenho fechado dos idosos deste país e de outros cidadãos. É assim mesmo. Uma salada de frutas ao bom paladar de uma Nação rica, mas com um povo miserável e enganado pelo cinismo dos "bem postos". Valeu. Abraços.


Morani

10 de abril de 2011

QUE JESUS NOS DESPERTE

O crime do Realengo é um desses episódios que faz arcar a espinha dorsal de qualquer orgulho patriótico. Não tem como ser indiferente a ele e aos seus desdobramentos. Muito já se disse e muito ainda se dirá sobre suas motivações, responsabilidades e conseqüências. Doze inocentes vítimas fatais e um não menos inocente, pois que sua ação só é compreensível se o considerarmos vítima de uma insanidade sem tipificação específica. Talvez nem mesmo os maiores especialistas da área consigam um diagnóstico convincente. De nada adianta isso agora, senão para evitarmos outras tragédias.


Não é preciso nenhum doutorado para se perceber um fato: atos extremos de violência são gritos de protestos de alguém não amado, carente, deslocado do meio. Alguém que, como o atirador Wellington Menezes, 23, há muito vivia isolado de tudo e de todos, num mundinho próprio e com uma religiosidade distorcida, confusa entre o certo e o errado, o puro e o impuro, o justo e o injusto. “Nada que seja impuro poderá tocar meu sangue”, instruía em sua carta de despedida. E ainda recomendava para retirarem suas vestes, banharem seu corpo e o envolverem num lençol branco. “Quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme”! Ah, infinito aconchego do colo materno! Quem não o deseja?

Mas, no auge de sua reveladora carta de despedida, o pobre demente expõe sua fé: “Preciso da visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo que eu fiz, rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna”. Triste lampejo de fé... Uma fé abstrata, superficial, que “ouviu falar” de um amor maior, mas nunca o encontrou na clausura de suas carências afetivas ou sequer pode vivenciá-la na redoma que construiu para seus dilemas pessoais. Que Jesus nos desperte desse perigoso individualismo em que nos metemos, indiferentes aos dramas que se desenrolam ao nosso lado.

De forma alguma apresento justificativas para tamanha monstruosidade. Busco tão somente uma razão. Disse um colega de classe do atirador: “Nós temos certeza de que, quando ele subia aquelas escadas viajava no tempo, até dez anos atrás, quando estudávamos juntos” (FSP). Vingança pelas humilhações passadas? Bullying é o americanismo em voga. Já muitos de seus vizinhos citaram seu procedimento estranho, sem amigos, introspectivo e usuário inveterado da internet. Citaram mudanças de religião. Mas ninguém citou uso de drogas. Volto ao diagnóstico inicial: comportamento típico das pessoas mal amadas.

Sim, porque mesmo que se confirmasse uma doença mental, sentir-se amado sem maiores pretensões seria um lenitivo eficaz. Porque a raiz de todos os males é a falta de amor. Como reagir e evitar novas tragédias? São Paulo nos dá uma resposta bem próxima ao lampejo da fé demonstrado pelo atirador em questão. “Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e fizeste aquele nobre profissão de fé perante muitas testemunhas. Em presença de Deus que dá vida a todas as coisas e de Cristo Jesus, que ante Pôncio Pilatos abertamente testemunhou a verdade, recomendo-te que guardes o mandamento sem mácula, irrepreensível, até a Aparição de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual a seu tempo será realizada”... (II Tim 6, 11-15). Só Jesus é capaz de nos despertar de uma vida sem esperanças maiores, sem sentido.

Wagner Pedro Menezes

http://www.wmeac.blogspot.com/






12 de fevereiro de 2011

Arte Conceitual

João Fidélis de Campos Filho

Ser sensível ás coisas belas e indiferente ás negativas e de mau gosto é uma boa receita anti-depressão nesta corrida contra o tempo que se transformou o mundo atual. Isto significa que a total ausência/indiferença proposta pelos hindus não é exatamente uma boa escolha, pois cria uma sociedade individualista, egoísta e sem valores éticos e morais. Recebi uma matéria enviada por um querido amigo da jornalista Márcia Tiburi cujo título é “A Arte Enlutada” que é uma bela análise dos descaminhos do movimento artístico contemporâneo. A visão de uma era de conflitos por autodeterminação, direitos de minorias, guerra por matérias primas e inserção social de uma população mundial que aumenta dia a dia, leva a arte a refletir toda esta situação, transmitindo ao interlocutor toda esta energia.

Márcia fala de uma arte que provoca, sem limites do bom senso, por isso às vezes apelativa. A seu ver esta arte exalta o feio e provoca até asco em quem a vê. Mas há dois ingredientes que a autora não cita ou esquece em sua abordagem que soa importantes na sua análise, que são a predisposição da mídia em penetrar na grande população e vender seu peixe através do sensacionalismo e da supervalorização do lado negativo das noticias da nossa realidade. A tragédia da vida comum ascende ao primeiro plano suprimindo largamente o belo e as boas coisas da vida humana. O artista Damien Hirst expõe bezerros e tubarões em formol; na Bienal de São Paulo urubus são colocados em um cercado e mostrados como forma de provocação. Esta chamada “arte conceitual” deve realmente ser vista como arte?

Em meados do mês passado o neurocientista canadense Mario Beauregard esteve no Brasil para lançar seu livro: O cérebro espiritual – Uma explicação neurocientífica para a existência da alma (Editora Best Seller) no qual defende a tese que a consciência humana (ou a mente, ou a alma), é uma entidade separada dos “meros mecanismos cerebrais”. E as manifestações artísticas estão incluídas nesta forma de extravasar da alma. Segundo autor: “a idéia central do materialismo consiste em que tudo o que existe tem uma causa material, isto é, uma causa governada pelas forças da natureza tais como compreendidas pela física clássica. Segundo o materialismo, a consciência e o espírito (quer dizer, os processos mentais) não podem existir independentemente do cérebro; e a crença numa vida após a morte seria absurda. Além disso, todas as crenças e experiências referentes a Deus e a mundos espirituais seriam fruto de superstições ou alucinações; o livre-arbítrio, ainda, seria uma ilusão”. Mas a prova cientifica da existência da alma poria fim a estas especulações. “Para mim, a alma é o princípio pensante de toda entidade dotada de vida” diz o autor canadense. Beauregard reafirma que a arte não é um produto material, pois se assim o fosse nunca seria criativa. Ela é uma expressão individual e única porque vem do inconsciente (a alma).

Se a alma é um celeiro de memórias do mundo atual e da história humana, que o homem traz consigo quando nasce (geneticamente ou não), toda vez que ele cria algo novo, utilizando a intuição, a imaginação, o sentimento e o raciocínio, ele está produzindo arte. Contudo qualquer maneira de representação reflete o estado de espírito de quem cria. Assim sendo a arte conceitual passa a ser produto não só de um tempo em que o sensacionalismo tornou-se um objeto de consumo, mas também dos fatores psicológicos que influenciam o autor e sua visão da realidade. O abstracionismo que domina a arte contemporânea não é em si um reducionismo em relação aos movimentos artísticos anteriores porque o essencial está em tudo que o artista transmite e na percepção do espectador.

João Fidélis de Campos Filho- Cirurgião-Dentista

http://jofideli.blogspot.com/

21 de dezembro de 2010

Dura é a Lei

João Fidélis de Campos Filho

Os tribunais não julgam os princípios éticos de uma determinada causa, apenas a lei! Mas será que esta afirmativa é verdadeira? No exato momento que o dono do site Wikileaks, Julian Assange, foi mantido preso por uma artificial acusação, apenas pelo impacto político, por ter divulgado documentos secretos de vários países, um velho conhecido da justiça brasileira e do mundo, Paulo Maluf, consegue reverter no Tribunal de Justiça de São Paulo a impugnação de sua eleição à Câmara de Deputados Federal. Eleito com quase 500 mil votos Maluf se tornou um expert em se livrar dos inúmeros processos que amealhou na vida pública. Deve ter uma boa equipe de advogados.

Assange se tornou um perigo para a segurança de muitos países, que se vêem ameaçados com sua liberdade e a divulgação das muitas tramóias do jogo político internacional. Neste caso os juízes agiram com cautela a despeito dos princípios legais.

Maluf acusado no escândalo “Frangogate”, ao contrario de Assange se safou. O Frangogate foi a compra de frangos para a escolas do município de São Paulo de duas empresas, a Obelisco e Ad´Oro , ambas pertencentes à filha e à mulher de Maluf, no período em que ele era prefeito por um valor superfaturado. Para o desembargador Nogueira Diefenthäler, "em que pese o grande esforço do Ministério Público não emerge dos autos a concretização de atos de improbidade administrativa. Forçosa a conclusão de que não houve a propalada mancomunação."

Assange e Maluf mostram duas faces da justiça, o primeiro foi preso por uma acusação banal, apenas para intimidá-lo ou para tirá-lo de circulação e evitar que divulgue os documentos confidenciais e vexatórios de nações que tomam decisões passando por cima dos valores éticos e morais. O segundo comprova a teoria de que neste país não existe ficha suja para quem tem muito dinheiro para enfrentar os processos em que são envolvidos. De acordo com um promotor público que atua no caso Frangogate "Condenar o Paulo Maluf é mais difícil do que escalar o monte Everest".

Julgar alguém tendo como base o bom senso pode ser uma acertada alternativa principalmente quando o réu é uma ameaça à sociedade. È o caso, por exemplo, de certos psicopatas que se forem soltos, depois de cumprirem a pena, poderão cometer novos crimes. O assassino de John Lennon, Mark Chapman, teve negado seu pedido de liberdade por questão de segurança e continua preso. Em relação aos crimes de colarinho branco no Brasil ninguém acaba condenado depois de ser acusado. Mesmo depois de dar enormes prejuízos à sociedade. Com a Lei da Ficha Limpa esperava-se uma moralização da política brasileira, mas pelo que se vê nos julgamentos dos tribunais, nos meandros da lei, nos recursos e nas subjetividades interpretativas a maioria continuará impune.

A lei continua sendo um instrumento punitivo apenas para os pobres e oprimidos do nosso sistema capitalista. Se não houver mudanças no código penal os poderosos e os mais abastados sempre estarão acima dela. “Dura Lex, sed lex” (a lei é dura, mas é a lei).

João Fidélis de Campos Filho- Cirurgião –Dentista

4 de dezembro de 2010

Força Mental

João Fidélis de Campos Filho*
Um bom amigo me disse que 2010 superou todas as suas expectativas. Grande parte do que projetou e ansiou para este ano aconteceu, por isso tem muito que comemorar e agradecer por tudo que conseguiu. Ele crê que a elaboração mental é uma das mais importantes partes na concretização de nossos sonhos, porque a partir desta idealização a mente começa articular os meios de alcançá-los mesmo inconscientemente. É, a mente trabalha a nível inconsciente (ou a nível de espírito) para atingir seus anseios.

Isto funciona também quando evitamos situações, lugares e notícias que nos trazem desprazer, amargura ou tristeza, pois agindo desta maneira contribuímos para o nosso próprio equilíbrio. Depois de algum tempo, assisti dias atrás integralmente, um jornal televisivo de grande audiência, mas a sensação posterior não foi das melhores. São muitas informações desagradáveis jogadas em sua mente continuamente, sem muito tempo para digerir completamente e de forma bombástica. Tragédias de diferentes formas, vidas perdidas de maneira irracional, atentados a inocentes e crimes indiscriminados à civilidade e à boa cidadania, ocupam a quase totalidade destes sisudos noticiários.

Longe de mim a alienação aos fatos mundanos, a perda do senso crítico, mas se deixarmos nossa mente ser dominada por todas as coisas ruins que os meios de comunicação divulgam diuturnamente abre-se uma perigosa brecha para um processo depressivo. É mister ter consciência de nossa que a ordem programada dos acontecimentos mundanos estão, neste mundo de mais de 6 bilhões de pessoas, bem distante de nosso foco de ação. Trocando em miúdos: quem somos nós diante da ordem natural das coisas?

Ai você pode dizer: se alguém que temos forte laço afetivo sofre ou parte deste mundo, se uma escola desaba e mata criancinhas, se alguém que amamos fica doente ou perdemos algo material ou imaterial a que prezamos muito, isto é ordem natural das coisas? A resposta é positiva quando pensamos num principio ordenador do cosmos, quando pensamos que tudo tem uma finalidade racional e que o acaso é apenas uma teoria obsoleta. Voltamos aqui à antiga idéia filosófica da “necessidade” dos fatos do mundo, pois se existe um Deus tudo que ocorre é necessário. Voltamos também à idéia do livre arbítrio parcial do homem, porque ele exerce sua vontade de escolha, mas o resultado depende da vontade divina.

No entanto a mesma Lei da Ação e Reação, que na física clássica foi proposta por Newton (Terceira lei de Newton) e que diz que a toda ação corresponde uma reação de mesma intensidade, é na metafísica o resultado das escolhas individuais que acabam interferindo nos acontecimentos coletivos. Isto quer dizer, de maneira mais simples, que nosso futuro será resultado de nossa conduta atual e que se todos agirem com bondade e paz de espírito o planeta Terra certamente será o paraíso celeste. A Lei de Ação e Reação (ou Causa e Efeito) é taxativa ao determinar que todos os fatos resultam dos atos humanos e como diz a Bíblia se plantamos tempestade colhemos tempestade se plantamos coisas boas colhemos na mesma proporção. Mas sempre é assim? Não, porque às vezes vemos pessoas a quem amamos e são boas passando por muito sofrimento. E neste ponto entra a idéia do carma, que fecha o círculo ao propor que as pessoas simplesmente resgatam dívidas de vidas passadas.

Quando o homem se prende excessivamente às necessidades físicas e afetivas para sua auto-realização suas decepções podem ser maiores porque tudo é transição e ilusão neste mundo terreno. Se leva uma vida mais simples e contemplativa, sem esperar muita reciprocidade ou contrapartida de seus atos as doenças que nascem na sua mente e invadem seu corpo tenderão a ser menores. Retornamos assim ao principio do que escrevi no início desta matéria, meu amigo José tem razão ao defender que a maior parte dos seres humanos desconhece a enorme força mental que possui e se a usasse em seu favor poderia angariar incontáveis benefícios. Centenas de livros best-sellers trataram deste tema realçando o poder da mente e o quanto melhora a vida do individuo quando consegue usá-la a seu favor. Muitas pessoas porem não tem consciência desta força.

*João Fidélis de Campos Filho - Cirurgião - Dentista

11 de setembro de 2010

Ataque à Imprensa Independente

*João Fidélis de Campos Filho

A imprensa livre é um dos mais fortes pilares do regime democrático. Ela informa, analisa, investiga e denuncia tudo que se refere aos direitos civis e as instituições que regem a sociedade. Assim como no período ditatorial, em que a censura política exercia um rígido controle sobre os meios de comunicação, a esquerda que hoje dirige o país tem dado sinais de equivocado retrocesso ao impor leis que limitam a liberdade de expressão.

Dias desses o ministro Franklin Martins fez um pronunciamento ao lado do presidente Lula no qual se referiu ao projeto do governo de impor um controle sobre a imprensa independente. O velho sonho socialista de manipulação das informações para se perpetuar no poder está em andamento. Isto quando o “eterno” ditador cubano, Fidel Castro fez esta semana uma autocrítica contundente ao dizer que o comunismo de seu país está fadado ao fracasso e este modelo não pode ser exportado para outras nações.

O discurso de Franklin aumenta a suspeita de que o governo planeja aumentar sua influencia e domínio sobre as comunicações no futuro para não criar embaraços de aumentar o poder dos sindicatos, dos sem-terra, sem-teto e de facções do partido.

O último lance desta investida foi a tentativa de amordaçar os humoristas que retratam jocosamente os políticos brasileiros. Mas o maior temor e maior preocupação da classe pensante brasileira é o crescimento do governo dentro do Estado. O chamado Big Brother, que aparelhado e exercendo influência quase total sobre a mídia, possa manipular ainda mais a massa populacional do país. O exemplo de Hugo Chavez, eliminando e perseguindo toda e qualquer oposição aos seus desmandos está ai e pode ser motivo de inveja de muitos de seus amigos e discípulos. Por que o Brasil não poderia se transformar numa Venezuela?

Estes dossiês e quebras de sigilo demonstram cristalinamente como são desprezados os direitos constitucionais e podem ser indício, ao findar as eleições e confirmar os prognósticos, que caminhamos para uma ditadura branca a dominar os destinos do povo brasileiro. Os métodos de coerção, de imposição de idéias, distribuição de benesses burocráticas, são típicos de regimes de exceção, bem distantes dos básicos conceitos de democracia.

A exposição e o desenrolar dos fatos ligados a este novo escândalo (mais um entre vários) nos asseguram que os direitos de cidadania são nulos quando a máquina pública passa a ser usada de maneira tendenciosa, com objetivos específicos, com clara intenção política e contando com a impunidade dos poderes constituídos.

A verdade é dolorida para os que se julgam acima das instituições democráticas. Por isso a imprensa livre incomoda muito os governantes. Não há atalhos ou pressão que esteja acima dos fatos para a imprensa democrática. Sem ela o povo estaria aprisionado na “Caverna de Platão”, procurando enxergar a luz do sol, que muitos oportunistas fazem questão de esconder.

*Cirurgião-Dentista