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5 de dezembro de 2025

JONAS SALK O CRIADOR DA VACINA CONTRA POLIOMIELITE

 


O verão de 1952 foi o verão em que os pais desaprenderam a respirar.

Naquele ano, cerca de 57 mil crianças americanas contraíram poliomielite.
Os parques silenciaram.
As piscinas esvaziaram.
Os cinemas apagaram suas luzes por falta de público.
Dentro de casa, janelas fechadas, mães e pais tentavam erguer muralhas invisíveis contra um inimigo que chegava sem avisar — e que podia transformar um corpo infantil em um campo de batalha contra si mesmo.

Nos hospitais, fileiras de pulmões de aço compunham uma música mecânica e assombrosa.
Cilindros metálicos respiravam por crianças que já não conseguiam fazê-lo por conta própria.
Algumas sairiam dali.
Outras jamais deixariam aquela cápsula.
E enquanto o país inteiro prendia o fôlego, em um laboratório subterrâneo em Pittsburgh, Jonas Salk corria contra o tempo — e contra a morte.
Filho de imigrantes judeus russos, criado em um bairro modesto do Bronx, Salk cresceu ouvindo da mãe uma frase que moldaria sua vida:
“Você deve parecer que pertence, mesmo quando disserem que não.”

Ele foi o primeiro da família a entrar na universidade. Escolheu a ciência em vez da clínica.
“Por quê?”, perguntou a mãe.
“Porque não quero ajudar um paciente de cada vez”, respondeu.
“Quero ajudar milhões.”

Em 1952, Salk ousou propor o impossível: uma vacina feita com o vírus morto.
Colegas desconfiavam. Alguns o chamavam de imprudente.
Mas Salk havia percebido um detalhe decisivo:
as crianças que sobreviveram à pólio jamais adoeciam de novo.

O corpo se lembrava do inimigo.
Se pudesse ensinar essa memória ao sistema imunológico — sem o risco da doença — talvez pudesse mudar o mundo.
A teoria precisava de coragem.
E coragem, às vezes, veste o rosto da loucura.

Em 2 de julho de 1953, Salk tomou uma decisão que hoje seria impensável:
injetou a si mesmo com sua vacina experimental.
Depois, à esposa, Donna.
Depois, aos filhos — Peter, de 9 anos; Darrell, de 6; Jonathan, de 3.
Colegas murmuravam pelos corredores:
“Louco.”
“Gênio.”
“Ou os dois.”
Por semanas, ele observou seus filhos com o coração apertado.
Nenhuma febre. Nenhum sinal.
Apenas anticorpos.
Funcionara.
Mas três crianças eram uma gota num oceano.
Era preciso testar milhares.
E assim, em 26 de abril de 1954, na Escola Franklin Sherman, Virgínia, o pequeno Randy Kerr, 6 anos, arregaçou a manga e se tornou o primeiro voluntário do maior estudo médico da história.
Depois dele, vieram 1,8 milhão de crianças — os “Polio Pioneers”, orgulhosos de seus distintivos.
Os pais assinavam formulários com mãos trêmulas. Igrejas faziam vigílias.
Um país inteiro esperava.

Salk, exausto, emagrecido, dormindo pouco, vivia atormentado:
E se tivesse cometido um erro irreparável?
Cada febre em qualquer criança do estudo parecia um golpe na sua consciência.

Então, 12 de abril de 1955 — exatamente dez anos após a morte de Franklin D. Roosevelt — os resultados foram anunciados:
“Seguro. Eficaz. Potente.”
O auditório explodiu.
Sinos tocaram em várias cidades.
Lojas fecharam espontaneamente.
Pais choraram abraçados aos filhos.
Horas depois, perguntaram a Salk quem detinha a patente.
Ele respondeu:
“O povo, eu diria. Sem patente. Como se pode patentear o sol?”
E com essa frase, ele abriu mão de uma fortuna incalculável — e entregou ao mundo sua arma contra o terror.
O efeito foi imediato:
– Em 1961, os casos caíram mais de 90%.
– Em 1979, a poliomielite foi eliminada nos EUA.
– Em 2023, persistia apenas em dois países.
– Cerca de 18 milhões de pessoas que teriam ficado paralisadas podem caminhar hoje.
– Centenas de milhares de vidas foram salvas.

Salk nunca recebeu o Prêmio Nobel.
Mas recebeu algo que poucos ganham:
a visão de crianças correndo por parques onde antes só havia medo.
Quando perguntado o que queria escrito em sua lápide, respondeu:
“Preferia que ela ficasse em um parque. Onde brincam as crianças que não pegaram poliomielite. Isso é suficiente.”
E assim, em um depósito em Atlanta, repousa hoje um dos últimos pulmões de aço — relíquia de um inimigo vencido.
Vencido porque um homem decidiu arriscar tudo — até a própria família — para proteger milhões de outras.
Ele poderia ter sido o cientista mais rico da história.
Preferiu ser algo infinitamente mais raro:
indispensável.
Da próxima vez que alguém disser que uma única pessoa não muda o mundo, conte sobre o verão de 1952, quando o medo encheu o ar…
e sobre Jonas Salk, o homem que decidiu dar o sol à humanidade.
Fonte:  Estudos Históricos
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23 de outubro de 2023

Polio Nunca Más Parte I e II - A primeira vacina contra a Poliomielite foi criada pelo cientista americano JONAS SALK .

 

Vídeo sobre la eradicación de la Polio en las Américas y Caribe en 1994

PARTE II


 


PAHO TV
     


Organização Pan-americana da Saúde.


Clique e veja👉🏻

A VACINA QUE MUDOU O MUNDO - Documentário (2010)...este programa conta a história do doutor Jonas Salk, que junto com uma comunidade médica e uma nação, conseguiu vencer a pólio, a doença mais temida do século XX.





9 de junho de 2020

A VACINA QUE MUDOU O MUNDO - Documentário (2010)...este programa conta a história do doutor Jonas Salk, que junto com uma comunidade médica e uma nação, conseguiu vencer a pólio, a doença mais temida do século XX.


(ripper Web-Man) A História da Vacina Contra Pólio (poliomielite) -

Todos os anos no verão, uma misteriosa doença perseguia e aterrorizava as crianças. Os pais já não levavam os seus filhos ao cinema ou à piscina, com medo de contraírem uma infeção mortal que costumava provocar paralisia e, em muitos casos, deixava as suas vítimas dependentes de ventiladores artificiais. 
Franklin D. Roosevelt, admirado presidente dos Estados Unidos que sofria de poliomielite, pediu à população para que colaborasse com a investigação da doença. Parte do dinheiro angariado foi parar a um cientista ambicioso de 33 anos que, a partir do seu laboratório instalado num sótão, mudou o rumo da história da medicina. 
Servindo-se de entrevistas e de reconhecidos cientistas, este programa conta a história do doutor Jonas Salk, que junto com uma comunidade médica e uma nação, conseguiu vencer a pólio, a doença mais temida do século XX.


Clique na foto para ampliar-------->

Pesquise sobre: Jonas Salk


"Uma das mais lindas história da ciência"












Música neste vídeo
Canção: D_Headlines_Alt Mix 1-Big Planet Music
Artista: Billy White Acre
Álbum: The Shot Felt Round The World
Licenciado por: AdRev for a 3rd Party (em nome de Big Planet Music (BulletProof Bear - DNC))

Canção: Victory March BP-24901
Artista: Allen Whiteacre, BMI
Álbum: BPM106 The Shot Felt Round The World
Licenciado por: AdRev for a 3rd Party (em nome de Big Planet Music|Music Freak Records|Core Catalog, BMI (Bulletproof Bear))
Canção:D_Ashes-Big Planet Music
Artista: Billy White Acre
Álbum: The Shot Felt Round The World
Licenciado por: AdRev for a 3rd Party (em nome de Big Planet Music (BulletProof Bear)); AdRev Publishing
Canção:D_Challenging_Orthodoxy-Big Planet Music
Artista: Billy White Acre
Álbum: The Shot Felt Round The World
Licenciado por: AdRev for a 3rd Party (em nome de Big Planet Music (BulletProof Bear)); AdRev Publishing
Canção:D_Tag_Youre_It-Big Planet Music
Artista: Billy White Acre
Álbum: The Shot Felt Round The World
Licenciado por: AdRev for a 3rd Party (em nome de Big Planet Music (BulletProof Bear)); AdRev Publishing


26 de julho de 2019

Depoimento de uma das primeiras vítimas da Síndrome Pós Pólio no Pais​

Cecília Mirândola, psicóloga, 50 anos

''Com três anos, tive uma poliomielite muito severa. Mas consegui voltar a andar sem aparelhos aos 11 anos de idade, após várias cirurgias e técnicas de reabilitação. Tinha uma vida normal e uma rotina intensa, trabalhando como psicóloga e fazendo pós-graduação. Porém, por volta de 87, notei que não dava mais conta das minhas tarefas e me sentia constantemente cansada, além das dores e atrofias em músculos que não tinham tido sido comprometidos pela pólio.
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Comecei, então, uma peregrinação por médicos, que não sabiam o que eu tinha. A maioria achava que todos os meus sintomas eram psicológicos.
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A doença foi diagnosticada somente em 1993, na Escola Paulista de Medicina. Fui uma das primeiras pacientes do neurologista Dr. Acary Bulle, que então começava a pesquisar a síndrome pós-pólio. Foi um grande alívio saber que a doença era real, não vinha da minha cabeça. Desde que descobri ser portadora da síndrome, mudei minha rotina de modo a poupar esforços.
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Agora atendo meus clientes em meu apartamento. Do caminhar sem ajuda de nenhum aparelho, passei a utilizar cadeira de rodas, há quase dez anos. E faço tudo pela internet, como compras de supermercado e tarefas bancárias. A vida toda enfrentei uma grande pressão para andar. Agora sofro as conseqüências de tanto esforço. Após enfrentar a pólio, eu era apenas vencedora, e, hoje, com a síndrome, tenho novos desafios.''
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Fonte: Revista Época

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Dr. Jonas Salk :
O cientista que desenvolveu a vacina contra pólio.