18 de agosto de 2024

Biografia de Frida Kahlo- Com seis anos contraiu poliomielite, que lhe deixou uma sequela no pé

 


Frida Kahlo (1907-1954) foi uma pintora mexicana conhecida por seus autorretratos de inspiração surrealista e também por suas fotografias.

Frida Kahlo, nome artístico de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, nasceu na vila de Coyoacán, no México, no dia 6 de julho de 1907. Filha de pai alemão e mãe espanhola, desde pequena teve uma saúde debilitada. Com seis anos contraiu poliomielite, que lhe deixou uma sequela no pé. Com 18 anos sofreu um grave acidente de ônibus, que a deixou um longo período no hospital.

Apesar de deprimida e incapacitada de andar, Frida passou a pintar sua imagem com um espelho pendurado na sua frente e um cavalete adaptado para que pudesse pintar deitada. Dizia: “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”. Sua primeira pintura foi “Autorretrato em um Vestido de Veludo”, dedicado a Alejandro Gómez Arias, seu ex-noivo.



Recuperada, Frida passa a estudar desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1928 filiou-se ao Partido Comunista Mexicano, quando conheceu Diego Rivera, um importante pintor do “Muralismo Mexicano”.

Casamento e viagens

Em 1929, com 22 anos, Frida Kahlo casou-se com o Diego Rivera e foram morar na “Casa Azul”, onde Frida nasceu. Em 1930, Frida engravidou, mas sofreu um aborto espontâneo. Nesse mesmo ano, foi com o marido para os Estados Unidos, onde ele realizava exposições. Moraram nas cidades de Detroit, São Francisco e Nova Iorque. Nesse período, sofreu um segundo aborto.

Dedicou-se à pintura e confeccionou um grande número de autorretratos – de inspiração surrealista, apesar de negar dizendo: “Nunca pintei sonhos e sim minha própria realidade”. Ficou nos Estados Unidos até 1934. São dessa época, as telas a seguir:

                           Frida e Diego Rivera (1931)


Autorretrato na fronteira entre o México e os Estados Unidos (1932)

Retorno ao México

Em 1934, o casal retornou ao México. Frida sofre mais um aborto. Nessa época, teve os dedos do pé direito amputados. Em 1935, Frida e Rivera se separaram. Rivera se relacionou com a irmã de Frida, Cristina. Logo depois, Frida e Rivera voltaram a viver juntos. Em 1936, Frida passou por nova cirurgia no pé e sofreu com fortes dores na coluna. Mesmo debilitada, continuava pintando. É dessa época a obra "Meus avós, meus pais e eu".

Em 1937, Frida conheceu Leon Trotski, que se refugiou em sua casa em Coyoacán, no México, junto com sua esposa Natália Sedova. Em 1939, Frida e Rivera se separaram definitivamente e Frida declarou: “Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o ônibus e você. Você sem dúvida foi o pior deles”. Em 1939, já separada do marido, Frida expôs em Nova Iorque e em Paris. Nessa época entrou em contato com Pablo Picasso e Wassily Kandinsky. O Museu do Louvre adquiriu um de seus autorretratos.

Apesar de passar por diversas cirurgias e usar um colete de gesso em consequência do acidente, Frida não parou de pintar. Sua obra recebeu influência da arte indígena mexicana. Pintava paisagens mortas e cenas imaginárias. Usava cores fortes e vivas, explorando principalmente os autorretratos. Frida Kahlo era também aficionada por fotografia, hábito que herdou de seu pai e do seu avô materno, ambos, fotógrafos profissionais. Entre outras obras destacam-se:
Autorretrato com colar de espinho e beija-flor (1940)

Frida Kahlo lecionou artes na Escola Nacional de Pintura e Escultura, recém-fundada na cidade do México. Foi uma defensora dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo. Em agosto de 1953, Frida teve uma perna amputada, na altura do joelho, devido a uma gangrena. Com esse sofrimento, Frida escreveu em seu diário: “Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo querendo me matar”.

Deprimida, viveu os últimos anos de sua vida na Casa Azul, no México. O reconhecimento que a faria suplantar a fama do marido e tutor veio nos anos 80, com a publicação do livro "Frida - A Biografia", de Hayden Herrera.

Frida Kahlo faleceu, de uma embolia pulmonar, em Coyoacán, no México, no dia 13 de julho de 1954. Em 1958, a Casa Azul passou a abrigar um museu em homenagem à pintora.

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Frida Kahlo

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.  https://www.ebiografia.com/


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