7 de março de 2010

Aqüífero Guarani e a monocultura da cana de açúcar.

"Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água,que é tão útil, e humilde, e preciosa e casta.” São Francisco de Assis.


O aqüífero guarani é de vital importância, porque é uma das principais fontes de agua doce para uma extensa área que se estende aos paises como: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Sua área é de 1,15 milhões de quilômetros quadrados, ficando assim dividido: 71% sob território brasileiro (a maior parte). Argentina com 19%, Paraguai 6% e Uruguai 4%. Sendo uma das maiores reservas subterrâneas de agua doce do mundo. No Brasil o aqüífero está sob os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás. De acordo com a Embrapa-Empresa Brasileira de Pesquisa Ambiental e Agropecuária, temos ali agua de excelente qualidade o suficiente para abastecer a atual população brasileira por 2.500 anos.


Mesmo com toda essa quantidade de agua o aqüífero ainda corre riscos, uma delas é a poluição que é gravíssima e irreversível, pois ao contrário dos rios, se poluírem uma vez ficará poluído para sempre.

A principal preocupação dos ambientalistas é nas áreas de recarga (onde se infiltra a agua das chuvas para o subterrâneo) do aqüífero, entre essas áreas estão os lixões, o uso excessivo dos agrotóxicos na agricultura e extração de minérios.


O homem vem agredindo a natureza sistemicamente sem se prevenir com as conseqüências. As vantagens econômicas das atividades nocivas à preservação ambiental, fazem que alienação tome conta das suas mentes, tendo apenas a visão única das benesses econômicas do presente.


No Estado de São Paulo exatamente pelas grandes áreas de concentrações demográfica o consumo de agua é maior, e na época das queimadas nos canaviais o problema se acentua por causa da poluição das fuligens. Alem disso ainda temos os poços artesianos perfurado para irrigação e consumo por causa da seca, que se acentua a cada ano. Diante de um possível e grave problema os governos devem ficar atentos com as perfurações de poços artesianos, pois será uma porta aberta para a poluição irreversível do aqüífero, um tesouro que não se iguala ao ouro e nem as maiores das fortunas, pois a agua é vital para a vida em todos os sentidos.


Nessa área de São Paulo precisam-se fazer com urgência uma reorganização nas atividades agrícolas, afastando das áreas de recargas do aqüífero as atividades agrícolas poluidoras, sendo a monocultura da cana de açúcar umas das principais, pela sua grande extensão de terras e o grande uso de agrotóxicos que podem infiltrar pelo solo e atingir o aqüífero.

Em outras palavras impedir a construção de novas usinas de cana de açúcar, afastando assim um dos principais ameaças ao aqüífero, Vide no mapa: a localização do aqüífero no Estado de São Paulo coincide com as plantações das grandes fazendas de cana, desde o município de Ribeirão Preto a região de São Jose do Rio Preto.














A agua é um bem inegociável para a saúde e o bem estar de milhões de pessoas, a sua escassez vai afetar a produção de alimentos, constitui uma ameaça ao desenvolvimento e a proteção do meio ambiente.

Assim o etanol é mais vilão do que herói: Prejudica o meio ambiente poluindo a agua, o desmatamento. Manda para atmosfera toneladas de gases, suja as cidades com suas queimadas, desequilibram a biodiversidade, o ecossistema, altera os biomas mais sensíveis, a ponto de já haver a migração de muitas aves a animais para outras regiões ou invadindo as cidades próximas, uma violação ao habitat natural desses animais.

Lembrando que não estamos sozinhos com a preocupação com o aqüífero, pois outro problema pode ser levantado como preocupante: Na tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) os EUA matem um batalhão do exercito monitorando o aqüífero com fotos de satélite atualizadas minuto a minuto. Eles sabem mais do Aqüífero do que a gente, alerta João Manoel Bicca, coordenador do movimento Pró-Rio Uruguai -



Aqüífero Guarani.
Exceto alguns comentários do texto os dados foram coletados no site:


http://www.uniagua.org.br/

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