SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE JOSÉ BONIFÁCIO-SP (SEGURANÇA AGE COM TRUCULÊNCIA NO ÚNICO HOSPITAL DE JOSÉ BONIFÁCIO-SP)






Pronto Socorro anexo a Santa de Misericórdia de José Bonifácio

A Santa Casa posssui uma boa arborização e jardinagem...



“Hoje (11/11/2011) eu senti na pele a diferença de ser pobre ou rico.”
O caso ocorreu num dos dias mais felizes da minha vida e com certeza de todas as pessoas envolvidas: parentes e amigos. O nascimento da nossa primeira neta, isso por parte das duas famílias, se Deus quiser a primeira de outros tantos.

O parto foi realizado na Santa Casa daqui de José Bonifácio onde fomos atendidos por uma excelente equipe médica, enfermeiras e enfermeiros. Um atendimento clínico com alto grau de profissionalismo e dedicação até o ultimo momento que meu filho e minha nora saíram do hospital. Não acreditava que estava na tão criticada Santa Casa.

Ação da segurança do hospital:

Mas houve uma exceção que precisa ser corrigida, foi o momento que fomos interpelados por um segurança de forma grosseira, truculenta, com o objetivo de nos intimidar como se fossemos pessoas baderneiras e de má índole. Tentei contornar a situação dizendo a ele que permitiram que ficássemos ali até o termino do parto para que víssemos a criança, pois era grande a nossa ansiedade, acredito ser natural num caso desse. Até nesse ponto a conversa apesar de áspera corria quase normal, mas...

O ponto crucial foi quando disse a ele que a cirurgia cesariana seria paga, se nesse caso não seria permitida a nossa presença ali?

Nesse momento aconteceu algo que abomino: a diferença de tratamentos.

O segurança teve uma mudança de comportamento de 360 graus: ficou amável, cordato e prudente. Nesse ponto eu fiquei enojado, indignado e perdi a paciência (comportamento o qual em muito me envergonho), não pelo fato da proibição da nossa estada ali, mas na forma de tratamento diferenciada daquele senhor despreparado depois que soube que éramos pagantes da cirurgia cesariana...

Não somos ricos, sou funcionário municipal, minha renda é apenas meu salário base e um aluguel de imóvel que meu pai deixou de herança (Um pequeno salão comercial).

Meu filho, o pai da criança trabalha muito numa empresa da cidade desde os 15 anos, (hoje está com 26 anos) para seu sustento e agora da sua nova família. Entretanto somos uma família organizada e fazemos de tudo para que um membro da família tenha um tratamento adequado e respeitoso na hora de alguma necessidade de saúde ou outra emergência.

Vi ali em que sociedade nós vivemos, um homem que com certeza deve ser como eu, trabalhador, ter uma reação agressiva porque supunha que éramos paciente exclusivo do SUS. E mudar de atitude quando me apresentei como pagante dos serviços médicos.

É lamentável e muito triste que vivemos num mundo e que o amor humano é dessa forma deixado de lado. Apenas o símbolo materialista do dinheiro tem importância.

Nesse caso se a norma do SUS não permitia a nossa presença ali (Caso o parto fosse gratuito), que fossemos respeitados com dignidade nos informando as regras com educação, com certeza acataríamos sem nenhum problema.

Reclamei com a enfermeira chefe, pois ele disse que a ordem partiu dela e nesse momento o pobre homem estava manso como um cordeiro, ela ficou calada e apenas me ouviu, depois afirmou que levaria o caso para diretoria, espero que sim. Somos gente e não animais dos estábulos expulsos quase a chicote por ser apenas pobres.

Fico pensando nas pessoas simples, humildes e tímidas, como sofrem! Pessoas que são incapazes a uma reação diante de uma bestialidade como essa. Agora compreendo os "quebra paus" que dizem que acontece na Santa Casa, “toda reação vem de uma ação.” Lembrem-se disso.

Ressalto aqui (Já nesse momento tudo em paz e resolvido) o meu elogio e agradecimento a atende CLAUDIA que profissionalmente e com muita educação soube nos dizer que não era permitida a permanência de mais duas pessoas diante do berçário para observar a nossa pequena neta que já nesse momento havia nascido para esse mundo, que temos a obrigação de mudar, para que ela e outros que virão não sofram a humilhação de ser apenas pobres.

Enfim, apesar do incidente, me encontro feliz e realizado, a vida deu-me de presente a vitória de ser pai de um casal de filhos lindos e que me dão apenas alegrias e agora avô de uma princesinha.

E ao segurança que não quero informar o seu nome, para não prejudicá-lo diretamente, mas que a direção do nosso Hospital compreenda que somos todos irmãos e precisamos da ajuda desse hospital nas horas felizes e nas tristes.

E que a enfermeira chefe faltou-lhe discernimento básico hospitalar, nas atitudes que deveriam tomar diante dos usuários do hospital:

a)Convencimento de forma diplomática das normas que regem o estabelecimento em cada caso.

b)Evitarem falhas no julgamento não permitindo dessa forma que haja preconceito em nível social, cultural, econômico, religioso ou de cor, prejudicando a integridade física e psíquica.

c)Induzir seus comandados a um comportamento de civilidade, evitando ações grosseiras inconcebíveis num ambiente hospitalar, que venha causar aos usuários vexames que poderão causar traumas psíquicos dando vez a um processo judicial de danos morais ou de direito ao consumidor.

d)Um incidente de responsabilidade da administração, pois o funcionário recebe ordens da sua gerencia que por sua vez tem a responsabilidade de treiná-lo.

Que eles nos acolham como se fossemos um deles. Que treinem seus empregados, pois trabalham num ambiente exclusivamente humanitário na lida com seres humanos, se um deles não for capaz de lidar com isso que vão apreender lidar com animais ou com as pedras.

Que a Santa Casa faça jus do seu nome: MISERICÓRDIA.


Fica aqui a minha indignação na forma de tratamento baseado na nossa condição social financeira, nunca na nossa honra de cidadão brasileiro com um direito essencial: A SAUDE.


Espero que adotem uma política dentro da civilidade e humanitária com foco principal para Saúde da população mais necessitada e indefesa.

Que não confundem uma pessoa que luta pelos seus direitos com um criador de casos, um erro inserido dentro de uma sociedade arcaica de país de terceiro mundo. Onde o povo é obrigado muitas vezes pela força a cumprir seus deveres, no entanto a ficar longe de seus direitos.

Código Penal:
Abuso de poder, intimidação de forma truculenta, causando constrangimento, em face ao desrespeito à dignidade da pessoa humana, cabendo por consequência responsabilidade e indenização às vítimas de abuso de poder e de autoridade. Pois poderia levar nesse caso a um vexame incontestável e ataque aos direitos humanos que deve ser respeitado em todo momento, pois não inexiste na democracia qualquer tipo de pretexto legal para a sua violabilidade.

Um direito constitucional:
Art. 6º e 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
 Rivaldo R.Ribeiro

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