17 de dezembro de 2020

FOTO DOS ANOS 50- MENINO VÍTIMA DA POLIOMIELITE (Geraldo Alckimin veta projeto que cria Centros de Diagnósticos da Síndrome Pós Pólio)

Eles não se importam conosco, mas nós estamos aqui...

Nas duas fotos abaixo mostra a evolução da sequela da poliomielite num curto espaço de tempo em uma criança nos anos 50( Precisamente entre os anos 1955 e 1960).
Hoje adulto apresenta diversos problemas ortopédicos e musculares, isso porque não houve por parte das autoridades de Saúde durante todo esse tempo nenhuma atenção especial para acompanhar a evolução da doença nas vítimas da poliomielite. 
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E ainda hoje não existe nada no Governo e Sistema de Saúde para esse fim, apenas um manual informativo que a maioria dos médicos não tem conhecimento, por falta de curiosidade cientifica ou por falta incentivo das Secretarias Municipais de Saúde. Também o Ministério da Saúde publicou Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome Pós Poliomielite e Comorbidades  

Pois sabe-se que a pólio é uma doença neuromuscular, e o vírus durante a infecção atingi 95% dos neurônios e nervuras musculares os destruindo. 
E o uso excessivo dos neurônios motores que ficaram sadios(cerca de 50%) ao longo dos anos, pode causar em grande parte dessas vítimas outra doença igualmente incapacitante e neurodegenerativa  a SÍNDROME PÓS PÓLIO, CID G-14 que é uma desordem do Sistema Nervoso ou transtorno neurológico que se manifesta em indivíduos muitos anos após a fase aguda da poliomielite, tais como: fraqueza muscular e progressiva, fadiga, dores musculares e nas articulações, resultando em uma diminuição da capacidade funcional com surgimento de novas incapacidades. 
Alguns pacientes desenvolvem, ainda, dificuldade de deglutição e respiração.
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Complementando o que já dissemos acima: A enfermidade Síndrome Pós Pólio se tornou um problema de saúde com um diagnóstico de difícil acesso para as pessoas afetadas, pois praticamente não existe na Rede Pública de Saúde pessoal treinado para esse fim, a medida que os casos vão aparecendo os tratamentos são apenas paliativos muitas vezes sendo diagnosticados como ortopédico e não neurológico.
E isso dificulta para esses pacientes quando é requerido o afastamento laboral e auxilio doença junto ao INSS, uma vez que é descartado pela Perícia do órgão a Síndrome Pós Pólio.

Para complicar todos os problemas que ainda enfrentamos com as sequelas da doença, o Governador Geraldo Alckmin vetou um projeto do deputado Giannazi aprovado pela ALESP que criava Centro de Diagnóstico Pós Polio.
    
FOTOS Criança: Rivaldo Roberto Ribeiro (Editor desse blog)


 Clique nas fotos para ampliar





Fotos atuais:  

Fotos do meu pé direito depois da cirurgia de correção
(Clique nas imagens para ampliar)

                           

                   Essa é parte mais dolorida do pé(Tornozelo)



     




19 de novembro de 2020

MORRE PAULO HENRIQUE MACHADO - Ele passou 51 anos "morando" no Hospital das Clínicas em São Paulo.

Homenagem a Paulo Henrique Machado: 

Faleceu no dia 18/11/2020  

TODOS NÓS DA FAMÍLIA POLIO-AMIGOS ESTAMOS MUITO TRISTES POR CAUSA DA MORTE DE "PAULO HENRIQUE MACHADO",  Ele "morou" 51 anos no Hospital das Clinicas em São Paulo,vitima da poliomielite ficou com corpo paralisado e respirava com ajuda de aparelhos, necessitando portando de serviços de UTI para continuar vivendo. 

Ele vai fazer muita falta por causa da sua linda personalidade, apesar do seu problema tinha sempre um sorriso lindo e de uma inteligência fabulosa. 

Assim que possível traremos sua história completa aqui no Blog.

 VAI COM DEUS AMIGO DE TODOS.



Foto retirada da internet 



14 de novembro de 2020

14 DE NOVEMBRO: DIA MUNDIAL DE DIABETES

 



A diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.

Existem 4 tipos de diabetes:
Pré-diabetes, 
Diabetes tipo 1, 
Diabetes tipo 2 e 
Diabetes gestacional.

Os sintomas variam de acordo com cada tipo de diabetes.

Os principais sintomas da diabetes são: fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. 
Dependendo do tipo, há sinais específicos. 

No caso do tipo 1, pode ocorrer perda de peso, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito. 

Já no tipo 2, os sintomas também envolvem cicatrização demorada de feridas, visão embaçada e formigamento de pés e mãos.

Prevenção
Pacientes com história familiar de diabetes devem:
  • Manter o peso adequado;
  • Abandonar o cigarro;
  • Controlar a pressão arterial;
  • Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas;
  • Praticar atividade física regular.

#DiaMundialDoDiabetes

Mais informações:


SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

14 DE NOVEMBRO DIA MUNDIAL DO DIABETES. Pacientes com diabetes contam com investimentos e cuidados no SUS


No Dia Mundial de Combate ao Diabetes, o Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce e do autocuidado para controle da doença.

Prevenção e autocuidado são palavras-chave quando se fala em diabetes. Isso porque, na maioria das vezes, não há manifestação de sintomas ou mal-estar no paciente, acendendo um sinal de alerta para as possíveis complicações de saúde geradas pela doença. Por isso, no Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado neste sábado (14/11), o Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento adequado para controle da doença no país.

Causada pela produção insuficiente ou resistência à insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo, a diabetes esteve, em 2018, entre as cinco principais causas de morte no Brasil.

“A Federação Internacional de Diabetes estima que nós tenhamos, no Brasil, em torno de 16,8 milhões de pessoas com a doença. Mas o mais grave é que praticamente metade, 46%, desconhece esse diagnóstico. A gente tem um trabalho muito grande de buscar essas pessoas, porque elas podem, infelizmente, descobrir a doença tardiamente, já inclusive com complicações”, explica a endocrinologista Hermelinda Pedrosa, presidente do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

O atendimento conduzido pela Atenção Primária à Saúde pode evitar hospitalizações e complicações relacionadas à doença. As úlceras nos pés - mais conhecidas como pé diabético - e as amputações de extremidades são as de maior impacto socioeconômico e que afetam a qualidade de vida do paciente com diabetes. A doença também pode provocar problemas arteriais, cardíacos, renais, nos olhos e no sistema nervoso.

Os fatores de risco para diabetes envolvem hereditariedade, obesidade ou excesso de peso e a falta de hábitos saudáveis no dia-a-dia. A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas.

“Quando você sabe que você tem um fator de risco, como um pai, uma mãe que tem diabetes, ou está aumentando o peso, precisa procurar fazer esse autocuidado preventivo. O diabetes anda de braços dados com a obesidade, a hipertensão arterial e a dislipidemia. Essas doenças juntas colocam o paciente como uma bomba atômica metabólica, caso ele não se cuide”, relata a endocrinologista.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Uma gota de sangue, retirada durante um teste rápido na faculdade, foi suficiente para que Vanessa Pirolo recebesse o diagnóstico de diabetes. O ano era 2000 e a então estudante de Jornalismo nem fazia ideia que estava com a doença, já que não apresentava nenhum problema de saúde aparente. Os 20 anos que se seguiram foram marcados pela mudança de hábitos e pelo tratamento regrado para controlar os níveis de açúcar no sangue.

“A primeira coisa que a gente aprende é a questão de olhar os rótulos dos alimentos. É algo super importante que eu não tinha atenção alguma e hoje eu vejo o rótulo para saber os ingredientes e a quantidade de carboidratos, de gordura, em todos os alimentos. A segunda coisa que eu precisei inserir foi a atividade física, hoje eu faço cinco vezes por semana, pelo menos uma hora, uma hora e meia”, conta a jornalista de 39 anos.

Histórias como a de Vanessa se repetem em todo o Brasil, já que a diabetes é considerada uma doença silenciosa. Por isso, é fundamental que o cidadão monitore a sua saúde e procure atendimento médico. Neste ano, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 221 milhões para aumentar os cuidados às pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, a diabetes, na Atenção Primária. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento e tratamento completo, inclusive com distribuição de insulina quando necessário.

“Vocês precisam ter a escolha da vida de vocês, que caminho vocês querem trilhar. Sejam as pessoas recém diagnosticadas ou pessoas que tenham diabetes já há um bom tempinho, que a gente tem como melhorar e tem como fazer o melhor para a gente ser muito feliz”, diz a jornalista, que hoje trabalha para conscientizar a população sobre os cuidados em torno da doença.

DADOS

No Brasil, estima-se que 9 milhões de pessoas que acessam a Atenção Primária têm Diabetes Mellitus (DM), sendo que 35% dessas pessoas estão cadastradas nas unidades de saúde. Em 2019, houve a realização de 11 milhões de consultas para pessoas acometidas por essa doença. No mesmo ano, o número de internações por diabetes foi 136 mil, gerando um custo de R$ 98 milhões de reais.

A cada ano observa-se o aumento do número de óbitos causados por essa comorbidade, que chegou a 65 mil óbitos em 2018. O Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indica que o percentual de pessoas com diagnóstico de diabetes entre as capitais do país e Distrito Federal foi de 6,3% em 2010 e de 7,4% em 2019.

TIPOS DE DIABETES

Diabetes tipo 1: doença crônica hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Ele se manifesta mais frequentemente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. O tratamento exige o uso diário de insulina para controlar a glicose no sangue.

Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionado ao histórico familiar, idade superior aos 45 anos, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão arterial e hábitos alimentares inadequados.

Pré-diabetes: é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um diabetes tipo 1 ou tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios.

Diabetes gestacional: ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2.

SINTOMAS

Os principais sintomas da diabetes são: fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. 
Dependendo do tipo, há sinais específicos. 

No caso do tipo 1, pode ocorrer perda de peso, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito. 
Tipo 2, os sintomas também envolvem cicatrização demorada de feridas, visão embaçada e formigamento de pés e mãos.



25 de outubro de 2020

O QUE É A SIGLA PcD?

 


Muitas pessoas tem dificuldade em entender o que significa a sigla PcD. E neste vídeo conto um pouco da história sobre o que é a sigla e o que ela nos representa. Além disso também é educativo, para que as pessoas entendam quem são as Pessoas com Deficiência. #pracegover: a capa é uma tela preta, com a logo do PcD Alta Performance e a frase: O que é a sigla PcD em amarelo. Daniele Avelino é loira, está usando blusa azul com verde com desenho de pássaros, com pulseira e relógio no braço esquerdo, o vídeo foi gravado em um espaço com muitas árvores e verde. Ao lado da legenda, temos o intérprete de Libras Leonardo Melo, de blusa preta, cabeça raspada, fazendo a tradução para a Língua Brasileira de Sinais. Acompanhe o PcD Alta Performance nas Redes Sociais: Instagram: www.instagram.com/pcdaltaperformance Linkedin: www.linkedin.com/company/pcdaltaperformance Facebook: www.facebook.com/pcdaltaperformance




24 de outubro de 2020

A DEFICIÊNCIA, APESAR DOS PESARES

 (Homenagem de Glaucia PontesDIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA A POLIOMIELITE E A SÍNDROME PÓS PÓLIO - SPP 


Eu sempre tive medo de falar em público,
Medo do diferente, do novo, daquilo que me observa de perto.
Medo do padrão, das beldades que exibiam seus corpos em meu derredor.
Fugia, me encapsulava por detrás das paredes geladas.
Via na solidão o subterfúgio pra evitar a dor,
A dor da feiura explícita,
A avassaladora dor da rejeição.
Passei muito tempo
Ditando regras inteiriças pra minha vida,
Desencastelei muitos sonhos
Dantes mesmo que eles chegassem.
Reprovei ações e reações,
Posterguei a mim mesma
Sem os escrúpulos do amor próprio.
Criei meus albergues vazios
E resfriados pela falta de amor.

Mas o tempo passou,
O horizonte declinou à minha frente,
Descortinou a sutileza da efemeridade.
Entendi que o trem se vai e as estações são inesperadas.
Muitas vezes, ele muda as rotas
E as rugas chegam pra quem nem imaginava,
Os saltos quebram,
Os batons escarlates se desbotam,
Chega a morbidez para as castas ilesas.
Muitas fortalezas sucumbem
Enquanto ossos quebrados se refazem.

Não há certeza no amanhã
Nem dotes ou sedes que durem pra sempre. 

O mundo é um novelo multicolor
E nós fazemos parte dele,
Apesar dos pesares.

Em 24.10.2020

Publicado na página ECOS DE UMA VIDA


9 de outubro de 2020

DEPOIMENTO DE UM GUERREIRA


Aos 9 meses foi vítima da poliomielite, fui levada ao hospital das clínicas em São Paulo depois do diagnóstico tardio. Aí começou a luta dos meus pais...pois eu era a quarta filha.

Foram viagens intermináveis nos braços da minha mãe no balanço do trem, por mais de 10 horas, inúmeras vez.

Passado alguns meses comecei a andar, foi então que a brava guerreira recebeu a confirmação do milagre.

Pois segundo a junta médica informou, estava condenada a viver em uma cama. A poliomielite teria pego as duas pernas.... foram fisioterapias intermináveis feitas pelas mãos habilidosas da minha guerreira.

A vida teve seu curso de batalhas, em 2006 comecei a sentir os terríveis sintomas da síndrome pós polio, uma nova patologia! Desordem neurológica degenerativa, algo muito difícil de aceitar. Mudança total de vida e muitas dores .

Deus enviou um anjo, Dr Acary na Neuromuscular Unifesp, para nos ensinar que toda superação tem seu preço: Poupar a nossa fadiga é o melhor remédio.

A vida segue e vamos aprendendo a conviver com tudo isso. Um pouquinho de mim... dia 24 dia mundial da luta contra a poliomielite.

https://www.facebook.com/vgoulartnobrega


2 de setembro de 2020

ASSOCIAÇÃO G-14 | RNA Em Ação

 



ASSOCIAÇÃO G-14 A Andrea é presidente da Associação G-14 de apoio aos Pacientes de Poliomielite e Síndrome Pós-pólio. Nesse vídeo ela fala sobre a parceria da associação com a RNA, dos benefícios alcançados pelos pacientes e associados através desta parceria. Além disso, ainda conta um pouco da sua experiência como paciente da Clínica RNA e da Dra Tatiana Mesquita. ❤Clínica e Home Care RNA: Tratamento de Qualidade para pessoas com necessidades Especiais! 📞Tel: (11) 2532-0272 – Clínica RNA WhatsApp: (11) 98123-0800 – Clínica e WhatsApp (11) 94482-9757 – Home Care 📧E- mail: contato@clinicarna.com.br
Av 11 de junho 1380, Cidade de São Paulo Capital, Vila Clementino.
.www.clinicarna.com.br www.rnahomecare.com.br

GUERREIROS- DOENÇAS RARAS

 


Muito bom, eu provavelmente sou portador de uma doença rara a SÍNDROME PÓS POLIO. Tive poliomielite com 15 meses de vida, fiquei com sequelas na perna direita e atualmente com a idade vem aparecendo sintomas relatados na SPP.
Mas o único lugar que existe tratamento é no Ambulatório da UNIFESP em São Paulo. E o governo ainda não reconheceu a Síndrome Pós Pólio mesmo já com número no CID 10 internacional que é G -14.
Nós estamos lutando formando Grupos no Facebook onde trocamos ideias e pressão para que o governo crie centros para diagnósticos de doenças raras. JUNTOS SEREMOS MAIS FORTES.

Síndrome Pós Pólio:

DOENÇAS RARAS:

Clique aqui e veja:



29 de agosto de 2020

Fibromialgia – Definição, Sintomas e Porque Acontece.

"Você que sente dores pelo corpo sem explicação, você não está com manias ou fingimentos, aliás isso não existe, muitas vezes as pessoas com algum sintomas não identificado pelo médico sofre algum preconceito.
Se você sente algo que te incomoda, dores localizadas ou generalizada isso vem sim de algum distúrbio seja físico ou emocional. Assim tanto um como outro deve ser tratado.
E o médico ou centro médico nunca deve se abster a isso, pois são ou pelo menos devem ser profissionais treinados para compreender os males do ser humano seja psicológico ou uma realidade física.

Aqui você vai ler sobre esse problema que muita gente pode ter sintomas equivalentes, mas não encontra diagnóstico e portanto um tratamento adequado: A FIBROMIALGIA"


Autoria: Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles

Definição

A síndrome da fibromialgia (FM) é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a fibromialgia cursa com sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com FM é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas.

A fibromialgia é um problema bastante comum, visto em pelo menos em 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.

De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da FM tendam a incluir mais mulheres.  A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, isto é, não se necessitam de exames para comprovar que ela está presente. Se o médico fizer uma boa entrevista clínica, pode fazer o diagnóstico de fibromialgia na primeira consulta e descartar outros problemas.

Na reumatologia, são comumente usados critérios diagnósticos para se definir se o paciente tem uma doença reumática ou outra. Isto é importante especialmente quando se faz uma pesquisa, para se garantir que todos os pacientes apresentem o mesmo diagnóstico. Muitas vezes, entretanto, estes critérios são utilizados também na prática médica.

Os critérios de diagnóstico da fibromialgia são:
a) dor por mais de três meses em todo o corpo e

b) presença de pontos dolorosos na musculatura (11 pontos, de 18 que estão pré-estabelecidos).

Deve-se salientar que muitas vezes, mesmo que os pacientes não apresentem todos os pontos, o diagnóstico de FM é feito e o tratamento iniciado.

Estes critérios são alvo de inúmeras críticas – como dissemos anteriormente, quanto mais pontos se exigem, mais mulheres e menos homens recebem o diagnóstico. Além disso, esses critérios não avaliam sintomas importantes na FM, como a alteração do sono e fadiga.

Provavelmente o médico pedirá alguns exames de sangue, não para comprovar a fibromialgia, mas para afastar outros problemas que possam simular esta síndrome. O DIAGNÓSTICO DE FIBROMIALGIA É CLÍNICO, NÃO HAVENDO EXAMES QUE O COMPROVEM.

Sintomas

O sintoma mais importante da fibromialgia é a dor difusa pelo corpo. Habitualmente, o paciente tem dificuldade de definir quando começou a dor, se ela começou de maneira localizada que depois se generalizou ou que já começou no corpo todo. O paciente sente mais dor no final do dia, mas pode haver também pela manhã. A dor é sentida “nos ossos” ou “na carne” ou ao redor das articulações.

Existe uma maior sensibilidade ao toque, sendo que muitos pacientes não toleram ser “agarrados” ou mesmo abraçados. Não há inchaço das articulações na FM, pois não há inflamação nas articulações. A sensação de inchaço pode aparecer pela contração da musculatura em resposta à dor.

A alteração do sono na fibromialgia é frequente, afetando quase 95% dos pacientes. No início da década de 80, descobriu-se que pacientes com fibromialgia apresentam um defeito típico no sono – uma dificuldade de manter um sono profundo. O sono tende a ser superficial e/ou interrompido.

Com o sono profundo interrompido, a qualidade de sono cai muito e a pessoa acorda cansada, mesmo que tenha dormido por um longo tempo – “acordo mais cansada do que eu deitei” e “parece que um caminhão passou sobre mim” são frases frequentemente usadas. Esta má qualidade do sono aumenta a fadiga, a contração muscular e a dor.

Outros problemas no sono afetam os pacientes com fibromialgia. Alguns referem um desconforto grande nas pernas ao deitar na cama, com necessidade de esticá-las, mexê-las ou sair andando para aliviar este desconforto. Este problema é chamado Síndrome das Pernas Inquietas e possui tratamento específico. Outros apresentam a Síndrome da Apneia do Sono, e param de respirar durante a noite. Isto também causa uma queda na qualidade do sono e sonolência excessiva durante o dia.

A fadiga (cansaço) é outro sintoma comum na FM, e parece ir além ao causado somente pelo sono não reparador. Os pacientes apresentam baixa tolerância ao exercício, o que é um grande problema, já que a atividade física é um dos grandes tratamentos da FM.

A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com fibromialgia tem depressão. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma “depressão mascarada”. Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está “somatizando”, isto é, manifestando um problema psicológico através da dor.

Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar um paciente com fibromialgia. A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Ela deve ser detectada e devidamente tratada se estiver presente.

Pacientes com FM queixam-se muito de alterações de memória e de atenção, e isso se deve mais ao fato da dor ser crônica do que a alguma lesão cerebral grave. Para o corpo, a dor é sempre um sintoma importante e o cérebro dedica energia lidando com esta dor e outras tarefas, como memória e atenção, ficam prejudicadas.

Como veremos a seguir, imagina-se que a principal causa dor difusa em pacientes com FM seja uma maior sensibilidade do paciente à dor, por uma ativação do sistema nervoso central. Não é de espantar, portanto, que outros estímulos também sejam amplificados e causem desconforto aos pacientes. A síndrome do intestino irritável, por exemplo, acontece em quase 60% dos pacientes com FM e caracteriza-se por dor abdominal e alteração do ritmo intestinal para mais ou para menos. Além disso, pacientes apresentam a bexiga mais sensível, sensações de amortecimentos em mãos e pés, dores de cabeça frequentes e maior sensibilidade a estímulos ambientais, como cheiros e barulhos fortes.

O que causa a Fibromialgia?

Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem fibromialgia. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um “termostato” ou um “botão de volume” desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro fazem que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.

A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido.

O que não mais se discute é se a dor do paciente é real ou não. Hoje, com técnicas de pesquisa que permitem ver o cérebro em funcionamento em tempo real, descobriu-se que pacientes com FM realmente estão sentindo a dor que referem. Mas é uma dor diferente, onde não há lesão na periferia do corpo, e mesmo assim a pessoa sente dor. Toda dor é um alarme de incêndio no corpo – ela indica onde devemos ir para apagar o incêndio. Na fibromialgia é diferente – não há fogo nenhum, esse alarme dispara sem necessidade e precisa ser novamente “regulado”.

Esse melhor entendimento da FM indica que muitos sintomas como a alteração do sono e do humor, que eram considerados causadores da dor, na verdade são decorrentes da dor crônica e da ativação de um sistema de stress crônico. Entretanto, mesmo sem serem causadores, estes problemas aumentam a dor dos pacientes com FM, e devem também ser levados em consideração na hora do tratamento.

Sociedade Brasileira de Reumatologia 

Sociedade Brasileira de Reumatologia.Si

21 de agosto de 2020

NÓS NÃO DEVEMOS DESISTIR DA NOSSA SAÚDE.

Foto mostrando o inicio da deformação do membro inferior sequelado pela pólio.

Inicio dos anos 60.

Eu tive pólio com 15 meses de vida, a sequela visível ficou na perna direita, todos os outros membros ficaram saudáveis até os 50 anos de idade. 
A perna esquerda antes sadia começou a apresentar acentuada fraqueza muscular e dores nas articulações.
 
Depois de alguns exames como RX e Ressonância Magnética foram diagnosticados desgastes no local do joelho chamado pata do ganço e na cabeça de fêmur no quadril, definindo os problemas ortopédicos nas duas pernas com desgastes nas articulações resolvi pedir outro exame.




No dia 07/11/2018 fui submetido ao exame  eletroneuromiografia na perna sadia(esquerda) no AME DE RIO PRETO, o profissional que fazia o exame afirmou que essa perna também havia sido atingida pela poliomielite. Eu fiquei surpreso com o diagnóstico, pois a sequela até então era apenas a perna direita...
Segundo ele havia muitas alterações nervosas na perna(Esquerda). Eu perguntei a ele: NÃO SERIA SÍNDROME PÓS POLIO?
E ele respondeu: é difícil afirmar, mas poderia, visto que o exame se mostrava bastante alterado.
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Por um lado eu fiquei feliz, pois o exame de eletroneuromiografia confirmava minhas suspeitas por causa da fraqueza muscular e dores que sinto nessa perna, me levando a tombos sem aviso de que poderia ser portador da SPP, tombos esses que me obrigaram a fazer uso de uma bengala.
Estou cansado de procurar médicos e me recomendarem fisioterapias que no caso da Síndrome Pós Pólio é nocivo e peritos do INSS negarem o caso da SÍNDROME. Uma angustia sem fim...
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Por outro lado fiquei triste, porque tive que iniciar por conta própria o diagnóstico já com atraso para a recuperação caso confirme a SÍNDROME PÓS POLIO e correr o risco de ir para uma cadeira de rodas, pois ficaria com as duas pernas comprometidas.
Dessa forma meus POLIO-AMIGOS, meu conselho é esse: peça a seu médico, todos os exames desde Ressonância Magnética, RX e eletroneuromiografia etc, porque nós não podemos desistir da NOSSA SAÚDE.

ATUALIZAÇÃO: Hoje 20/07/21 posso afirmar que minha perna esquerda antes sadia perdeu cerca de 70% da sua força, pois não consigo me levantar sem ajuda caso eu fique de cócoras ou me ajoelhe.  


15 de agosto de 2020

DIABETES- Dra. Solange Travassos

Sou diabético e trabalho num Posto de Saúde e vejo que existe muita desinformação sobre a doença e como controla-la.
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A maioria dos pacientes são totalmente ignorante sobre o uso dos alimentos que podem ajudar no controle ou aumentar a sua glicemia e a forma correta de fazer as medições diárias pós-prandial com um aparelho de nome Glicosímetro que é fornecido pelo SUS. 
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Caso o paciente faz uso de INSULINA o uso desse aparelho deve ser rigorosamente orientado pelo seu médico ou um profissional da saúde especializado, para que não haja valores distorcidos da sua diabetes(Glicemia).




SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

Apresentado por Leda Nagle, o programa Quero Mais Saúde aborda o tema #Diabetes

Dra. Solange Travassos (mestre e doutora em endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro) esclarece dúvidas como
👉 Como gerenciar o diabetes?
👉 Além da dieta, quais fatores influenciam na glicemia?
👉 Qual o papel da insulina no corpo humano?


DIABETES: 80% DAS MORTES DE PESSOAS COM DIABETES SÃO CAUSADAS POR PROBLEMAS CARDIOVASCULARES

SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

O diabetes pode interferir diretamente na saúde do coração das pessoas com diabetes tipo 2. 
Cuidar do coração desses pacientes não é apenas uma questão de saúde, é uma questão de sobrevivência! 

Se ligue nessa causa
http://movimentoparasobreviver.com.br/

#CuidardoCoração


#ParaSobreviver

#Diabetes

VOCÊ SABIA QUE ANTES DA DESCOBERTA DA INSULINA, A DIABETES ERA MORTAL?

































Em 1922, na Universidade de Toronto, os cientistas foram para uma enfermaria de hospital com crianças diabéticas, a maioria delas em coma e morrendo de cetoacidose diabética. 
Isto é conhecido como um dos momentos mais incríveis da medicina. 
Imagine uma sala cheia de pais sentados à beira do leito esperando a morte inevitável de seu filho. 
Os cientistas foram de cama para cama e injetaram nas crianças o novo extrato purificado - insulina. 
Quando eles começaram a injetar a última criança comatosa, a primeira criança injetada começou a despertar. 
Então, um por um, todas as crianças acordaram de seus comas diabéticos. Uma sala de morte e tristeza, tornou-se um lugar de alegria e esperança. 
Obrigado Dr. Banting e Dr Best! 

Créditos fotográficos - Biblioteca e Arquivos do Canadá.




Canal: RABAMED

Saiba mais sobre a descoberta da INSULINA clicando AQUI

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