13 de abril de 2013

UNIÃO E ATITUDES FAZEM A FORÇA...



A atitude desse garotinho, despertou em todos a solução de um problema tambem comum a todos, mas alguns preferiam discutir,outros apáticos apenas esperavam ajuda sabe-se lá de quem.

E o garotinho mesmo sendo impossível para ele remover o grande tronco de árvore que obstruia a passagem do trânsito teve a atitude de tentar, isso despertou em todos que juntos poderiam remove-lo dali...

Pois é, quantos problemas poderíamos resolver, se não houvesse tanto egoismo, individualismos, e pretenções de se aliar aos tubarações, muitos passam a vida sonhando com isso e terminan sozinhos sem conseguir ultrapassar nenhum obstáculo, nem que seja apenas uma galho seco e leve como uma pluma



12 de abril de 2013

O brasileiro é um povo fútil?


O paradoxal é que quanto menos se tem acesso ao capitalismo, maior o valor de status dos bens capitalistas.

No relatório de consumo de países emergentes da Credit Suisse, o Brasil é o país com um consumo “discricionário mais prevalente”, o que é uma forma educada de dizer que gastamos mais dinheiro com futilidades do que outros países emergentes. Entre os brasileiros com uma renda de até U$1.000 (PPP), 62% dos participantes disseram que pretendem comprar roupa ou tênis 'de marca' nos próximos 12 meses. A proporção sobre para 74% entre os que ganham mais de U$2.000, mais do que nos demais países emergentes do relatório. Lembrando que, mesmo em paridade de poder de compra, 'roupa de marca' é mais cara aqui que em outros países emergentes...


FRAGMENTOS CONTIDOS NESSE ARTIGO:

“Ter um smartphone ou um tênis Nike não serve para sinalizar status nas ruas de Londres ou nos cafés de Paris.”
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“Acabamos sendo um país que gasta mais com futilidades não porque os brasileiros são necessariamente tão mais fúteis, mas em parte porque nosso consumo de status se dá por meio de futilidades industrializadas, principalmente pela juventude.”
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“O adolescente gringo sinaliza status andando de tênis de lona; o adolescente brasileiro sinaliza status andando de tênis cheio de amortecedores. O gringo sinaliza status bebendo um café artesanal; o brasileiro, comendo um sanduíche industrial. O gringo usa uma camisa de tricot; o brasileiro usa uma polo de marca. O gringo sinaliza status andando de bicicleta; o brasileiro, andando de carro com adesivos e aerofólios. O gringo sinaliza status saindo à noite para ver uma apresentação musical independente; o brasileiro, saindo para ouvir música industrial com um DJ. O gringo planeja passar as férias em Costa Rica ou na Indonésia; o brasileiro planeja pasar férias em Las Vegas ou na Disney.”








7 de abril de 2013

UMA VELHA E UM CAOLHO

Uma declaração descuidada do presidente uruguaio José Mujica, a respeito de sua colega argentina e seu antecessor e falecido esposo, revoltou a família Kirchner e abalou as relações diplomáticas entre os dois países vizinhos.
Pensou alto o velho Mujica: “Esta velha é pior que o caolho”.
A frase caiu como uma bomba, após vazar por uma página da web, criando um desconforto e um corre-corre de delegações imbuídas em apagar a fogueira de um pensamento vago, até então oculto nos porões do inconsciente (não apenas de um, mas de muitos). No dia seguinte o uruguaio apenas acrescentou: “Nada, nem ninguém, pode apagar nossa história”. Referia-se, é claro, à histórica relação de amizade entre os dois países. Não entre os dois governantes.
Tirando a gafe e as questões preconceituosas da terminologia usada, eis que o incidente é um excelente manancial de reflexões, tanto quanto o é no confronto de muitas verdades ocultas. Há mais sabedoria numa frase impensada do que naquelas construídas sob as arestas de nossos interesses e posições que ocupamos. Pobres aqueles que dizem o que realmente pensam. Ou pensam muito e dizem pouco. O próprio Mujica deixou escapar em seu celebre discurso na Rio+20: “Pobre não é aquele que tem pouco, mas aquele que necessita de muito”. Entre uma frase e outra, uma única verdade: Pobres somos nós, que mantemos nossas “velhas opiniões formadas” sob o clivo do vesgo olhar da opinião alheia. Dizer verdades pode ferir, magoar. Então me calo, me omito.
Esse é o ponto. Quem nunca se omitiu nesse aspecto? Muitas das nossas gafes acabam sendo positivas, pois provocam a verdade e estampam na conduta do outro uma necessidade de rever suas posições, seu comportamento. Apesar do clima de insatisfação e total indignação provocado por opiniões contrárias à nossa, são elas que muitas vezes nos curam de uma cegueira comportamental. Quantos caolhos e cegos ainda guiam outros piores! Quantos ensinam o pai nosso aos vigários – no caso a presidente ensinando ao Papa argentino como usar uma cuia de chimarrão – e não enxergam o ridículo dum ato impensado. Eis então que o subconsciente de uma voz ao lado nos desperta para a realidade, porque nossa verdade não é absoluta.
O pensamento político-social está bem enraizado na mentira. “Uma mentira repetida mil vezes pode soar como verdade”. Esse fundamento assaz contraditório está presente em todo e qualquer veículo publicitário, especialmente aqueles que vendem uma ideologia político-partidária. Em nada difere dos padrões do comportamento social, onde prevalecem as aparências e não a verdade do indivíduo. Enganar as pessoas, com o fim de galgar posições e status, para muitos é sinônimo de esperteza, nunca mentira nua e crua. Dizer verdades, então, é quase um ato de suicídio, que a “velha” cantilena das condutas político-sociais desaconselha sempre. É um dos trunfos de vitórias certas. Se preciso, diga meia verdade... uma verdade caolha. Nunca diga tudo o que sabe ou pensa. Tudo que viu ou vê. Deixe sempre uma carta na manga. Esse é o jogo, o trunfo do sucesso humano. Essa é a verdade que temos vergonha de assumir.

E a verdade cristã? Na simplicidade de seus ensinamentos, a única pergunta deixada sem resposta por parte de Cristo foi exatamente esta: “Afinal, o que é a verdade?”. Seu silêncio e suas atitudes falaram mais alto. Ele mesmo já havia se manifestado como a própria Verdade. Certamente, a cegueira do poder não permitiria a Pilatos a compreensão de qualquer resposta, mesmo que essa viesse da boca de Jesus. Mesmo assim, diante de polêmica semelhante, um dia encurralaram o Mestre com uma questão que lhe poderia causar embaraços com a política vigente: “A quem devemos oferecer nossos tributos?” Qual a verdade de nossa obediência: Deus ou os homens? “A Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”. Não o surpreenderam em nenhuma mentira, mas, “admirados de sua resposta, calaram-se” Porque a verdade dói.
WAGNER PEDRO MENEZES wagner@meac.com.br