30 de março de 2013

REFORMA POLÍTICA JÁ!

João Fidélis de Campos Filho

Se esta avalanche de impostos recolhidos pela população brasileira retornasse, na mesma proporção, em investimentos em educação, saúde e programas sociais nosso país já teria saltado para o primeiro mundo.

Mesmo com a sonegação e os incontáveis artifícios que os mais abastados utilizam para burlar a legislação tributária, o governo, em todas as esferas (municipal, estadual e federal) ainda arrecada muito. E com o orçamento comprometido com gastos elevados/mal administrados acaba sobrando pouco para financiar as obras e serviços essenciais aos municípios brasileiros. Se administrasse melhor as finanças o governo federal, que concentra a maior parte da arrecadação poderia distribuir melhor a renda através de investimentos sociais.

Tudo se resume em eleger as reais prioridades do país. No entanto a casta política que desde o império se beneficia das verbas públicas exerce uma forte pressão para dirigir estas prioridades, tentando de maneira nada ética inverter o curso natural das coisas. Como se tornou evidente que o legislativo consome, direta ou indiretamente, parte considerável do orçamento do país, já há tempos repousa no Congresso vários projetos de reforma política, que foram abandonados por conveniência ou falta de vontade de nossos dirigentes. Mas a cada dia que passa vem se tornando mais urgente e indispensável estas reformas, pois é consenso que o Brasil está bem distante no que se refere a um legislativo mais ágil e menos dispendioso em relação a muitas nações.

O Brasil precisa copiar o modelo de alguns países onde o parlamentar recebe baixos salários, tem pouca verba de gabinete e tem que arcar com os custos de sua manutenção e transporte. Nenhum deputado ou senador pode se dar ao luxo de ter tantos serviços pagos pela união como no Brasil, que servem muitas vezes para desvio e enriquecimento ilícito.

Há muitos projetos urgentes e importantes engavetados porque existem muitos entraves burocráticos, a votação é a passos de tartaruga e com isso, entra ano sai ano, o país fica emperrado pelo sistema. Este fato provoca um grande desestímulo no parlamentar bem intencionado que pode até ter boas ideias, mas não enxerga no horizonte possibilidades de vê-las materializadas. O eleitor também se desanima com a falta de dinâmica do Congresso e confia cada vez menos na instituição política. Cria-se um ciclo vicioso em que todos perdem porque o sistema democrático foi idealizado para servir ao povo.

O Brasil não pode esperar mais pela reforma política. Ela já se tornou indispensável, temos que cobrar de nossos representantes mais empenho neste sentido.

jofideli@gmail.com
    

26 de março de 2013

QUATRO "ERRES" CONTRA O CONSUMISMO-LEONARDO BOFF

A fome é uma constante em todas as sociedades históricas. Hoje, entretanto, ela assume dimensões vergonhosas e simplesmente cruéis.
Revela uma humanidade que perdeu a compaixão e a piedade. Erradicar a fome é um imperativo humanístico, ético, social e ambiental. Uma pré-condição mais imediata e possível de ser posta logo em prática é um novo padrão de consumo.

A sociedade dominante é notoriamente consumista. Dá centralidade ao consumo privado, sem auto-limite, como objetivo da própria sociedade e da vida das pessoas. Consome não apenas o necessário, o que é justificável, mas o supérfluo, o que questionável. Esse consumismo só é possível porque as políticas econômicas que produzem os bens  supérfluos são continuamente alimentadas, apoiadas e justificadas.
Grande parte da produção se destina a gerar o que, na realidade, não precisamos para viver decentemente.

Como se trata do supérfluo, recorrem-se a mecanismos de propaganda, de marketing e de persuasão para induzir as pessoas a consumir e a fazê-las crer que o supérfluo é necessário e fonte secreta da felicidade.

O fundamental para este tipo de marketing é criar hábitos nos consumidores a tal ponto que se crie neles uma cultura consumista e a necessidade imperiosa de consumir. Mais e mais se suscitam necessidades artificiais e em função delas se monta a engrenagem da produção e da distribuição. As necessidades são ilimitadas, por estarem ancoradas no desejo que, por natureza, é ilimitado. Em razão disso, a produção tende a ser também ilimitada. Surge então uma sociedade, já denunciada por Marx, marcada por fetiches, abarrotada
de bens supérfluos, pontilhada de shoppings, verdadeiros santuários do consumo, com altares cheios de ídolos milagreiros, mas ídolos, e, no termo, uma sociedade insatisfeita e vazia porque nada a sacia. Por isso, o consumo é crescente e nervoso, sem sabermos até quando a Terra
finita agüentara essa exploração infinita de seus recursos.

Não causa espanto o fato de o Presidente Bush conclamar a população para consumir mais e mais e assim salvar a economia em crise, lógico,  à custa da sustentabilidade do planeta e de seus ecossistemas. Contra isso, cabe recordar as palavras de Robert Kennedy, em 18 de março de 1968: "Não encontraremos um ideal para a nação nem uma satisfação
pessoal na mera acumulação e no mero consumo de bens materiais. O PIB não contempla a beleza de nossa poesia, nem a solidez dos valores familiares, não mede nossa argúcia, nem a nossa coragem, nem a nossa compaixão, nem a nossa devoção à pátria. Mede tudo menos aquilo que torna a vida verdadeiramente digna de ser vivida". Três meses depois
foi assassinado.

Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anti-cultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro "erres" principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.

Sem este espírito de rebeldia consequente contra todo tipo de
manipulação do desejo e com a vontade de seguir outros caminhos ditados pela moderação, pela justa medida e pelo consumo responsável e solidário, corremos o risco de cairmos nas insídias do consumismo, aumentando o número de famintos e empobrecendo o planeta já devastado.

Nota do Marcos Arruda:
Acrescento um quinto R, o de respeitar a VIDA e a mãe-Natureza: este é o valor de fundo de um modo de consumir sustentável e solidário.

Obs. Esse texto foi enviado pela amiga Marina Rivero - RS, publicando anteriormente no blog
http://sintonia777.zip.net/ em 02/06/2008

Humor - Definições do indefinível

· Nada mais humorístico do que o próprio humor, quando pretende definir-se (Friedrich Hebbel).

· Definir o humor é como pretender pregar a asa de uma borboleta usando como alfinete um poste de telégrafo (Enrique Jardiel Poncela).

· Humor é a maneira imprevisível, certa e filosófica de ver as coisas (Monteiro Lobato).

· O humorismo é o inverso da ironia (Bergson).

· O humorismo é o único momento sério e sobretudo sincero da nossa quotidiana mentira (G. D. Leoni).

· O humor é o açucar da vida. Mas quanta sacarina na praça! (Trilussa).

· O humor é o único meio de não sermos tomados a sério, mesmo quando dizemos coisas sérias: que é o ideal do escritor (M. Bontempelli).

· O humor compreende também o mau humor. O mau humor é que não compreende nada (Millôr Fernandes).

· O espírito ri das coisas. O humor ri com elas (Carlyle).

· A fonte secreta do humor não é a alegria, mas a mágoa, a aflição, o sofrimento. Não há humor no céu (Mark Twain).

· O humor é uma caricatura da tristeza (Pierre Daninos).

· O humor é a vitória de quem não quer concorrer (Millôr Fernandes).

· A própria essência do humor é a completa, a absoluta ausência do espírito moralizador. Interessa-lhe pouco a pregação doutrinal e a edificação pedagógica. O humor não castiga, não ensina, não edifica, não doutrina (Sud Menucci).

· O humorismo é dom do coração e não do espírito (L. Boerne).

· O humorismo é a arte de virar no avesso, repentinamente, o manto da aparência para por à mostra o forro da verdade (L. Folgore).

· O humor tem não só algo de liberador, análogo nisso ao espirituoso e ao cômico, mas também algo de sublime e elevado (Freud).

· Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer (Leon Eliachar).(*)

· O humorismo é a quintessência da seriedade (Millôr Fernandes).

· O humorista é um forte bom, vencido, mas sobranceiro à derrota (Alcides Maia).

· O humor é a polidez do desespero (Chris Marker).

(*) Definição laureada com o primeiro prêmio ("PALMA DE OURO") na IX Exposição Internacional de Humorismo realizada na Europa — Bordighera, Itália, 1956.




23 de março de 2013

Ubarana (SP) poderá ser município de interesse turístico


O prefeito João Costa Mendonça viajou a São Paulo na quarta-feira, 20 de março, para participar de uma reunião da Frente parlamentar de apoio aos municípios de interesse turístico, que ocorreu n a Assembléia Legislativa do Estado. O prefeito juntamente com a turismóloga Patrícia Sete, que foi contratada para iniciar um trabalho de promoção do turismo em Ubarana, receberam as informações e juntamente com outras diversas cidades, mostraram interesse em pleitear uma vaga de município de interesse turístico para Ubarana.

O projeto que foi criado por 11 Deputados Estaduais, tramita na Assembléia e deverá ser votado ainda este ano a pedido do Governador Geraldo Alckmin. A lei prevê a criação de cidades que tem algum potencial turístico e infra-estrutura básica, para que a mesma possa receber uma verba para ser empregado no fortalecimento do turismo.

O evento contou com deputados, membros de conselhos e associações voltadas ao turismo e também do Secretário de Estado do Turismo, Cláudio Valverde.

Após o encontro João e Patrícia falaram ao secretário da importância se tornar um município beneficiado pela lei. Os dois também fizeram questão de visitar o Deputado Sebastião dos Santos, um dos criadores da nova lei e também autor da indicação, que se aprovada, fará de Ubarana uma Estância Turística.

O Deputado se colocou a disposição do prefeito no que diz respeito ao turismo e garantiu apoio nas áreas de pesca e aqüicultura para geração de empregos na cidade.

FONTE:  http://www.ubarana.sp.gov.br/prefeitura/